9 de fev. de 2009

A Tua Ausência

A ausência do teu ser é física
A tua presença em mim é mística.
Não se explica, não se entende.
Quem me dera ter motivos óbvios
Para pôr minha racionalidade em ordem...Mas a tua falta de sempre
Hoje sem palavras, tornasse bem maior.
Estou analisando a soma dos meus fracassos
Querendo que o meu sol que se foi
Volte em apenas treze horas.
Pois mesmo sendo da noite
As trevas que hoje me escondem
Prendem-me longe de alguns que amo
Torneando formas e deixando marcas
Como se os lindos recados não se repetissem mais.
Junto então os cacos de quem fantasiei ser
Numa mentira pouco a pouco revelada
Sem fábulas, poesias ou metáforas.
A verdade é violenta
Não espera entendimento ou compreensão
E eu que nada sei de filosofia
Sonho desgarrado em noites mal dormidas
Com as flores que te fizeram sorri
Assim distante das luzes que minha vaidade procura
E muito mais perto do esquecimento
Válido toda lembrança de te, que sempre me fez bem
Em escritos mal pontuados
Onde minha intenção de expressão permanece anônima
Como no Manicômio Judiciário
Condenado há ser um poeta de versos repetidos
E tu, es ainda a minha flor de Marte
Conteúdo dos sonhos mais íntimos e secretos
És a eterna musa dos meus escritos mais profanos
Mulher, amiga e pretenso amor
A te não dou definições ou nomes
Destino apenas uma verdade sentida e doída
De todo meu eixo de ser humano em essência masculina
Mando-te beijos e desejo-te toda a paz do universo
Mas não como despedida
Pois em muitas vidas ainda nos encontraremos
Como amigos ou como Deus quiser
Pois quero tua alma perto de mim
Para todo sempre, amém...
( Fábio Sirino)

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